LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS
28 DE FEVEREIRO DE 2002
DIA INTERNACIONAL DESTA DOENÇA
Desde 2000, o último dia do mês de fevereiro, é considerado Dia Internacional das Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou Distúrbios Ósteo Musculares Relacionados ao Trabalho (DORT) como são conhecidos, agora, no Brasil. Trata-se de um marco de extrema relevância. É a primeira vez na estória que uma doença profissional (LER) passou a ser considerada como questão de saúde pública mundial.
Há sites, livros, compêndios, associações, debates e reuniões no mundo todo sobre o assunto. Hoje, certamente, teremos inúmeros debates e reportagens a respeito, o que é muito bom, pois gastam-se milhões apenas com a divulgação e literatura sobre à doença, mas esquecem que o país, as empresas, a sociedade perde bilhões todos os anos com as LER, muito mais do que, por exemplo, a DENGUE..
O QUE SÃO AS LER
Dentre as inúmeras definições , pode-se considerar que são doenças profissionais que vem acometendo os trabalhadores de diversos setores, que tem chamado a atenção dos médicos por serem altamente incapacitantes.
Adota-se a terminologia de Lesões por Esforços Repetitivos – LER ou DORT para as afecções que podem acometer tendões, sinóvias, músculos, nervos, fáscias, ligamentos, isolada ou associadamente, com ou sem degeneração de tecidos, atingindo principalmente, porem não somente, os membros superiores, região escapular e pescoço, de origem ocupacional decorrente , de forma combinado ou não, de:
a) Uso repetitivo de grupos musculares;
b) Uso forçado de grupos musculares;
c) Manutenção de postura inadequada.
A LER pode didaticamente ser classificada em quatro graus, em função de seu estágio de adiantamento e é praticamente irreversível, principalmente nos estágios avançados. Em outras palavras a pessoa fica incapacitada, aleijada, para o resto da vida.
O interessante é que as impropriamente e popularmente chamadas de LER no Brasil, mais apropriadamente chamada de "Traumas por Esforços Cumulativos" nos EUA, as LER são uma série de lesões ou distúrbios quase sempre .....previsíveis!!
Dentre as doenças que são classificadas como LER ( ou DORT ) , temos de acordo com o Ministério da Saúde : TENOSSINOVITES, TENDINITES, EPICONDILITES, BURSITES, MIOSITES OU SÍNDROME MOFASCIAL, SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO, SÍNDROME CERVICOBRAQUIAL, SÍNDROME DESFILADEIRO TORÁCICO, SÍNDROME DO OMBRO DOLOROSO, DOENÇA DE QUERVAIN, CISTO SINOVIAL
A tendência mundial no meio científico atual é substituir as antigas denominações por "Work Related Musculokeletal Disorders" (WRMD), cuja tradução no Brasil foi Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho.
As Tendinites e Tenossinovites são as mais conhecidas, sendo que sua incidência maior está nos membros superiores, particularmente nos punhos.
A previsível LER participa com mais de cinqüenta por cento de todas as lesões oriundas do local de trabalho (pesquisa norte americana). Essas doenças, que provocam a ausência do empregado, ações indenizatórias, tratamentos médicos e substituição do empregado, custam bilhões de dólares às Empresas americanas, anualmente.
Qualquer movimento repetitivo (ou não) associado à força, vibrações, má postura tal como, digitação, montagem leve, operação de máquinas em geral, empacotamento, selecionadores e expedição, etc, podem colocar os trabalhadores sob risco de LER.
Dentre os candidatos de maior risco, no escritório, para as LER, estão os datilógrafos, digitadores, separadores de correspondência, caixas de Bancos e Supermercados e trabalhadores de escritório em geral. Qualquer um cuja função envolve os movimentos acima descritos
QUEM ESTÁ SUJEITO ADQUIRI-LA:
Qualquer pessoa no trabalho, inclusive nos escritórios residenciais.
Veja que as mesmas doenças podem ser acometidas em atividades esportivas, por exemplo. Neste caso não são LER ou DORT, pois elas não tiveram sua origem no trabalho principal, isto é, o nexo causal não foi o posto ou atividade laboral.
QUAIS OS FATORES DE MAIOR RISCO:
Má postura e falta de condicionamento físico através de exercícios, falta de posto ergonômico, movimentos repetitivos, força, falta de pausas.
QUANTA CUSTA:
Nos EUA custam bilhões de dólares anualmente. É uma das principais doenças do trabalho, o que vêm preocupando as autoridades daquele país há tempos.
Os americanos chegaram a conclusão que a solução, também para estes casos, é a PREVENÇÃO, muito mais "barata" para todos, pois se compararmos a produtividade de um trabalhador estressado, com ambiente de trabalho inadequado, sem conforto, com má postura, que toma duas a três conduções diárias - ida e volta – sem pausas, sem exercícios físicos ( ginástica laboral ) com aqueles que têm condução decente, posto ergonômico, conforto ( ruído, iluminação, temperatura e umidade ) , pausa, etc. chega-se a conclusão que o conforto e medidas preventivas dá RETORNO.
O QUE O GOVERNO BRASILEIRO ESTÁ FAZENDO:
O Ministério da Saúde vêm publicando e divulgando inúmeros trabalhos científicos de alto nível.
Todavia o Ministério do Trabalho e Emprego/ INSS, preocupado com os afastamentos em decorrência das LER, publicou, em 1998, a Ordem de Serviço nº 606, de cinco de agosto de 1998, que aprova a Norma Técnica sobre Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT. Esta Ordem de Serviço delimitou a maneira com que os peritos efetuavam os exames e diagnosticavam as lesões: esta OS não representou grandes avanços. Ao contrário, só indicou para afastamento pessoas que tivessem seqüelas causadas pelas LER.
Esta Portaria é um verdadeiro incentivo àqueles empresários que se prendem apenas a lei e que compõe, infelizmente, a maioria, a não investir na segurança ocupacional como um todo e na ergonomia dos postos e das funções de maneira particular.
O trabalhador ficou com medo de comunicar os sintomas, com receio de ser demitido.
Aqueles que por alguma razão, principalmente através de sindicatos, conseguem entrar na justiça, apesar das dificuldades, conseguem indenizações vultosas que reflete simplesmente o valor dos salários que aquele trabalhador teria caso pudesse ainda exercer suas atividades mais um valor pelo fato de ter ficado incapacitado.
O QUE A EMPRESAS ESTÃO FAZENDO
A maioria das empresas multinacionais, através de "inputs" de suas matrizes, descobriram que a prevenção dá dinheiro como descrita acima e estão investindo ( investimento se entende por ter um retorno e, portanto não é custo !!)
Infelizmente a ergonomia ainda é vista como sinônimo de gastos por muitas empresas, que mantêm ambientes e rotinas inadequadas à saúde dos funcionários
O QUE ESTÁ FALTANDO
Prevenção adequada, cientificamente planejada, pois não adianta investir em mobiliário e outros acessórios sem um treinamento associado.
Este conceito está associado à ergonomia de conscientização. Deve-se conscientizar o usuário/trabalhador, sobre a importância dele conhecer melhor seu corpo, suas fraquezas, pois por si só, adotará um programa de prevenção dentro e fora do local de trabalho. Ele, certamente será um ponto multiplicador de boas idéias de prevenção para outros colegas e para os membros de sua família.
Devemos nos lembrar que as estatísticas demonstram que uma parte substancial dos problemas de LER/DORT tem origem ou se potencializam fora do local de trabalho.
A ergonomia pode ser dividida em três categorias: Ergonomia de Correção, Ergonomia de Concepção e Ergonomia de Conscientização.
O que mais se esquece é a última...
Não adianta nada você comprar mesas e cadeiras ergonômicas, descansa pés, cintos lombares sem um programa de conscientização adequado, pois: .
EDUCAÇÃO É A CHAVE!!
Baseado em estudos norte americanos, pudemos estabelecer um programa de conscientização cujo resumo indicamos abaixo:
A importância dos exercícios físicos dentro e fora do ambiente de trabalho.
A importância de se cuidar durante o transporte, lazer, trabalhos em fins de semana, esporte, etc.
Este treinamento deve ser reciclado a cada 06 meses e denominamos de Punho Seguro
Ò , que foi elaborado em conjunto com o programa, semelhante, Coluna SeguraÒ , pois a POSTURA CORRETA da coluna vertebral é um dos fatores fundamentais na prevenção das chamadas LER.Uma empresa norte americana que adotava tudo o que existia em ergonomia para a prevenção de LER, com mais de 100 digitadoras, depois de alguns meses, 8 dessas funcionárias começaram a apresentar sintomas iniciais de LER.
Elas tinham mesas com altura regulável para o teclado e monitor. Faziam pausas a cada 60 minutos e exercícios de alongamento e flexão dosados. Tinham apoios para os pés e apoio para teclado e mouse. A cadeira era realmente ergonômica com contato permanente da lombar. Iluminação, condicionamento do ar impecáveis e assim mesmo tiveram problemas.
Descobriram, posteriormente que estas 8 moças faziam tricot beneficentes a noite e nos fins de semana, com a postura errada, sem pausas, sem exercícios, com cadeiras inadequadas etc etc. Porque ? Por que elas não foram conscientizadas da importância da prevenção das LER FORA do trabalho.
Quais as estatísticas conhecidas
Nos Estados Unidos, por exemplo, há um aumento extremamente significativo das LER/DORT, como se pode observar a seguir:
Quadro 1: Distribuição de LER/DORT e porcentagem dessas afecções entre as doenças ocupacionais nos Estados Unidos.
ANO |
Freqüência |
% em relação às doenças ocupacionais |
1981 |
22.600 |
18 |
1983 |
26.000 |
25 |
1984 |
34.700 |
28 |
1985 |
37.000 |
30 |
1987 |
72.900 |
38 |
1988 |
115. 300 |
48 |
1989 |
146.900 |
52 |
1990 |
185.900 |
56 |
1991 |
223.600 |
61 |
1993 |
302.400 |
64 |
1994 |
332.000 |
65 |
1998 |
253.300 |
64 |
Fonte:
United States Bureau of Labour StatisticsSegundo o United States Bureau of Labour Statistics, houve um aumento de 14 vezes o número de casos entre 1981 e 1994, conforme se constata no quadro 1.
Em 1993, no Canadá e na Dinamarca respectivamente 50,5% e 45,6% dos casos de doenças ocupacionais foram de LER/ DORT.
Quadro 2: Distribuição de acidentes de trabalho no Brasil, segundo algumas doenças mais incidentes em 1997.
Código Internacional de Doença -CID |
Total |
Típico |
Trajeto |
Doença |
Sinovite e tenossinovite |
12.258 |
2.606 |
126 |
9.527 |
Convalescença pós-cirurgia |
6.149 |
5.047 |
926 |
176 |
Ferimentos de dedos da mão, sem menção descomplicação) |
5.754 |
5.698 |
45 |
11 |
Fratura de falanges, fechada |
5.262 |
4.912 |
333 |
7 |
Ferimento de dedos da mão, complicado |
3.776 |
3.733 |
38 |
5 |
Lumbago |
3.060 |
2.727 |
92 |
241 |
Fonte:
Proteção. Anuário Brasileiro de Proteção. Edição 99.Os dados deste quadro foram baseados nas CATs processadas pela Dataprev. É importante ressaltar que nem todos os acidentes de trabalho registrados no ano de 1997 estão aí representados. No caso das doenças, por exemplo, foram registrados nesse quadro, cerca de 30% do total de doenças.
Tabela 1: Distribuição de doenças ocupacionais no Brasil segundo ano, entre 1982 a 1998
ANO |
FREQÜÊNCIA |
1982 |
2.766 |
1983 |
3.016 |
1984 |
3.233 |
1985 |
4.006 |
1986 |
6.014 |
1987 |
6.382 |
1988 |
5.025 |
1989 |
4.832 |
1990 |
5.217 |
1991 |
6.281 |
1992 |
8.299 |
1993 |
15.417 |
1994 |
15.270 |
1995 |
20.646 |
1996 |
34.889 |
1997 |
36.648 |
1998 |
30.489 |
1999 |
22.032 |
TOTAL |
230.462 |
Fonte: Boletim Estatístico de Acidentes do Trabalho - BEAT-INSS
Tabela 2.- Freqüência de trabalhadores com LER/DORT e sua proporção em relação a trabalhadores com doenças ocupacionais em geral, atendidos em dois serviços de referência em Saúde do Trabalhador no ano de 1994
Serviço |
Nº de Trabalhadores com LER/DORT |
Nº de Trabalhadores com doenças ocupacionais |
% de trabalhadores com LER/DORT |
CEREST / SP |
1.046 |
1.598 |
65,4 |
NUSAT – BH |
554 |
963 |
57,5 |
Total |
1.600 |
2.561 |
100 |
Fonte: CEREST/SP e NUSAT- Belo Horizonte, respectivamente
Os dados do quadro 2 e tabela 1 permitem concluir que o aumento de casos de doenças ocupacionais registrados pela Previdência Social a partir1992 deu-se às custas de LER/DORT, a despeito da subnotificação existente. Concomitantemente, estatísticas de serviços de referência em Saúde do Trabalhador comprovam esse aumento registrado nos números oficiais da Previdência Social. No entanto, nos últimos 2 anos (1998 e 1999), observa-se queda importante de notificações.
Os trabalhadores atendidos nesses serviços com diagnóstico de LER/DORT são, em sua grande maioria, jovens e mulheres, dos mais diversos ramos de atividade e com as mais variadas funções/atividades.
Ramos mais Freqüentes |
Funções / Atividades mais Freqüentes |
Bancário |
Digitador |
O QUE SE PODE FAZER PARA DIMINUIR O RISCO
OS PONTOS PRINCIPAIS DE UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO, QUE AJUDARÁ NA PREVENÇÃO DAS LER SÃO LISTADOS ABAIXO (OBVIAMENTE DEPENDERÁ DE CADA ATIVIDADE DA EMPRESA) :
Posto de Trabalho Ergonômico para corrigir a POSTURA
Iluminação
Temperatura Ambiente
Descansos Programados
Evitar Stress
(Às vezes, uma parada de poucos segundos na linha de produção ou no escritório, para uma pequena pausa ou até para a chamada espreguiçada do gato, fará com que, além da redução das chances de uma LER, haja, também a possibilidade de um aumento da produtividade, pois "quebra" a chamada FADIGA POSTURAL!!) Experimente e mande seu e mail com seu depoimento.
É necessária uma profunda e urgente mudança na cultura de nossa sociedade, nossos empresários, do INSS e do próprio Estado, como empregador, para que, como países civilizados, que pretendemos ser, possamos dar todo o apoio aos já portadores de LER, facilitando seu tratamento e investindo em sua readaptação, conforme o caso, mas, principalmente, investir na prevenção, para não continuarmos a perder nossos trabalhadores, em plena capacidade, para um mal que vem destruindo corpos, mentes, famílias, sociedade, Nação. Que desenvolvimento queremos e a que preço?
Porque o computador é considerado o grande vilão? Porque se fica horas diante dele com uma posição estática, na maioria com postura inadequada, sem o mínimo de conforto.
Quem não trabalha diante de um computador também pega LER? Sim e muito. Os riscos de LER não se limitam aos digitadores.
SÍNTESE DOS FATORES EXISTENTES NO TRABALHO PREDISPONENTES DE LER/DORT
FATORES DE RISCO |
MODULADORES |
|
Repetitividade |
Duração Freqüência |
Risco de LER/DORT |
FONTE: Simoneau, S. et al, 1996
DICAS
Exercícios de Alongamento
Todos os exercícios devem ser feitos na posição sentada, com os pés bem apoiados no chão. A coluna deve estar afastada do encosto ou espaldar e ereta! A duração de cada exercício é de 30 segundos e devem ser repetidos três vezes para cada membro. |
|
B1-Pescoço Ficar na posição sentada, sem encostar a coluna, mantendo-a reta. Inclinar a cabeça para o lado, puxando-a com uma das mãos. Manter o outro braço esticado e com a mão em extensão. |
B2-Ombro Puxar com uma das mãos o cotovelo até sentir alongar a região posterior do ombro |
B3 - Extensores de Punho Manter um dos braços estendidos. Dobrar o punho para baixo com o auxílio da outra mão. Repetir o mesmo com a outra mão |
B4 -Punho Flexionar o polegar e segurá-lo com os dedos e realizar um movimento de desvio para baixo |
B5 - Palma da mão e Dedos Manter os cotovelos flexionados e as palmas das mãos abertas. Colocar as pontas dos quatro dedos juntas e o polegar em oposição aos outros dedos. Apertar ( ou esticar ) as mãos para sentir esticar os dedos e a palma da mão |
Exercícios de Aquecimento
A-1 Relaxe os músculos do pescoço Incline a cabeça para a esquerda, para a direita, para frente e para trás. Mantenha cada posição por alguns segundos. |
A-2 Rolagem de Ombro Com os braços soltos e com as mãos apontadas para baixo, execute um movimento giratório nos ombros para frente, por três vezes, e para trás, por três vezes. |
A-3 Rotação de Antebraço. Levante os braços estirados, com as palmas das mãos voltadas para cima, até a altura dos ombros. Gire os braços lentamente para dentro até que o dorso das mãos fiquem de frente um para o outro. Gire os braços novamente, retornando-os à posição inicial. |
A-4 Rotação dos punhos Com os braços retos e para os lados, gire lentamente as mãos em círculo, trabalhando os punhos. |
A-5 Alongamento e compressão dos dedos Com as mãos para frente e as palmas voltadas para baixo, estire os dedos o tanto quanto puder, mantenha-os nessa posição por alguns segundos; em seguida feche as mãos com força. |
A-6 Flexões das pontas dos dedos Com a mão direita estendida, dedos juntos e palma voltada para baixo, force os dedos contra a palma da mão esquerda, mantenha a posição por alguns segundos e solte-os suavemente. |
FONTE PUNHO SEGURO
ÒPOSTURA: A POSTURA NA POSIÇÃO SENTADA , SEMI SENTADA OU EM PÉ É FUNDAMENTAL PARA A PREVENÇÃO DAS LER
Postura correta vai permitir seu corpo a otimizar sua função enquanto reduz stress e tensões nos músculos e ossos. Isto aumentará o conforto e vai reduzir a fadiga
Quando sentado, tente ficar com a cabeça diretamente sobre o seu pescoço. Para achar esta posição: coloque um dedo no seu queixo e devagar, empurre sua cabeça para trás até que os lóbulos da orelha se alinhem com o topo dos seus ombros. Em seguida, assegure que a sua coluna lombar esteja SEMPRE apoiada firmemente, pelo espaldar da cadeira ou poltrona. Se necessário coloque um apoio tipo rolo de espuma. Mantenha seus joelhos no mesmo nível dos seus quadris ou levemente abaixo. Finalmente, evite se debruçar guardando seu corpo tão perto da área de trabalho quanto possível.
EQUIPAMENTOS:
Cadeiras: Não se esqueça que uma cadeira para ser ergonômica não precisa ser necessariamente cara. Ela precisa ter um assento de tamanho compatível com suas nádegas, de no mínimo 45 X 45 cm (para pessoas gordinhas deve ser no mínimo 46 X 46 cm) confeccionados com espuma de poliuretano com densidade controlada ponto a ponto, de preferência com 40 cm de espessura. Sua altura deve ser regulável, através de pistão a gás ou mecânico. O assento deve ser arredondado para frente a fim de não causar compressão nas coxas. O espaldar deve ter regulagem de altura através de roseta ou automático. O mecanismo deve permitir o contato permanente da região lombar, pois é na lombar que devemos manter uma compressão sempre positiva. Aquelas cadeiras que se viam antigamente com a pessoa com os pés na mesa e indo para trás e para frente são boas para descansar, mas não para trabalhar horas a fio. As cadeiras altas tipo caixa devem seguir as mesmas características e, de preferência, não devem ter o aro para descansar os pés. Os pés devem estar apoiados em um apoio de pés externo, a fim de que as coxas não sejam comprimidas.
As apoios de braços devem ....apoiar os braços!. Parece incrível, mas isso nem sempre acontece. Devem ter regulagem de largura caso a pessoa seja mais larga. Deve ter regulagem de altura para que os braços fiquem sempre em 90 graus com os ombros. Os apoios de braços devem ter uma superfície larga, grande, pois os "pequenininhos" (existem alguns que parecem armas de tortura e são chamados de ergonômicos) vão provocar mais tensão e desconforto.
Por fim, uma cadeira ergonômica não é necessariamente uma cadeira bem construída, a fim de durar e não provocar desgaste prematuramente.
TALAS IMOBILIZADORAS: Não são recomendadas para trabalhar, pois provocam aumento da tensão e, portanto, aumentam os riscos de LER. São indicadas para imobilizar os punhos quando apresentarem dor, mas sem execução de tarefas . Os suportes de punho flexíveis, leves, podem ser úteis.
DESCANSO PARA OS PUNHOS ( TECLADO ): Devem ter uma largura de no mínimo 85 mm e serem flexíveis. Quem usa muito o click de mouse, deve ter um mouse pad com apoio para os punhos.
DESCANSO PARA OS PÉS: Fundamental para que a postura seja obedecida e para que as plantas dos pés fiquem em posição de conforto. Os melhores são aqueles móveis , que possam acompanhar o movimento dos pés. 80 % do biotipo brasileiro se adapta bem aqueles com uma altura de 8 cm em relação ao solo.
AMBIENTE DE TRABALHO: FAÇA PAUSAS, NÃO FIQUE HORAS DIANTE DO COMPUTADOR, SE ESTIQUE, FAÇA A GINÁSTICA DO GATO. NÃO FIQUE DIANTE NEM DE COSTAS PARA JANELAS COM MUITA CLARIDADE, POIS ISSO AFETARÁ SEU RENDIMENTO E AUMENTARÁ O STRESS. A ILUMINAÇÃO DEVE SER INDIRETA. USE UM PROTETOR DE REFLEXOS PROFESSIONAL, SE FOR O CASO. OS ENCONTRADOS NO MERCADO NÃO RESOLVEM NADA. TEMPERATURA, RUÍDO, UMIDADE SÃO IMPORTANTES PARA SE EVITAR O STRESS. ALTERNE FUNÇÕES E TAREFAS.
Educação
Como são seus punhos
Quando em pé, mantenha seu queixo e ombros em posição de relax. Mantenha um pé levemente à frente do outro e suporte o peso em ambos. Se possível apoio um pé em um pequeno apoio e troque freqüentemente de posição dos pés
Você já reparou que em todos os balcões de bares decentes
há um descansa pés em forma tubular e quando Você troca freqüentemente de pé
Você se sente mais confortável?
A GINÁSTICA DO GATO
Você não pode, por qualquer motivo, seguir a ginástica proposta e sugerida pelo Punho Seguro?
Você não tem acesso a um profissional fisioterapeuta ocupacional na sua empresa?
Neste caso, não deixe pelo menos de fazer a ginástica do GATO
Você já reparou o que faz um GATO, sempre? Pois é. Ele espreguiça, ele alonga, ele boceja. Na realidade ele está SEMPRE fazendo ginástica, a INTERVAMOS REGULARES.
Assim, a cada hora, levante-se e tente se espreguiçar, esticando os braços, os dedos, as unhas, como o GATO faz. Não esqueça de bocejar e fazer aquela esticada.
Faça a cada hora.
Você já reparou quantos litros de água Você bebe diariamente?
Você já reparou que o seu bebedor de água fica longe de seu posto de trabalho e só se lembra de tomar água no fim do dia?
Você já reparou que ao olhar para o bebedouro, para uma garrafa d'água, V sente sede e vontade de tomar água?
( Esta é a razão dos anúncios de refrigerantes e águas,
sempre, mostrarem o produto líquido )
Coloque uma garrafa de água de plástico em sua mesa de trabalho. Coloque seu nome e a palavra GATO no seu rótulo.
Enche-a de água toda a vez que ela estiver vazia.
Você vai ver que ao olhar para a garrafa, Você sentirá sede e, beberá água, com freqüência, proporcionando ao seu corpo uma hidratação salutar, principalmente se o seu ambiente de trabalho for muito frio, com ar condicionado. Ao beber desta água, lembre-se de aproveitar e, ao ler a palavra GATO na garrafa, aproveite e faça a ginástica do GATO.
A GINÁSTICA DO GATO NÃO LEVARÁ MAIS DO QUE POUCOS SEGUNDOS E NÃO ATRAPALHARÁ O SEU TRABALHO.
AO CONTRÁRIO, VOCÊ SE SENTIRÁ MUITO MELHOR AO LONGO DO DIA, NO FIM DO DIA, AO CHEGAR EM CASA. VOCÊ ESTARÁ AUMENTANDO SUA PRODUTIVIDADE, GANHANDO MAIS PARA SUA EMPRESA OU PARA O SEU TRABALHO E, AINDA, AUMENTANDO SUA QUALIDADE DE VIDA.
VOCÊ SENTIRA OS EFEITOS JÁ NA PRIMEIRA SEMANA.
ASSIM, VAMOS AO MIAU!!!
DIVULGUE O MIAU EM SEU AMBIENTE DE TRABALHO, AO SEU CHEFE, E NÃO ESQUEÇA DO MIAU EM CASA, NOS FINS DE SEMANA...
O IDEAL É TER UM FISIOTERAPÊUTA OCUPACIONAL PARA MINISTRAR EXERCÍCIOS PRÓPRIOS, PARA CADA TAREFA, MAS NA SUA FALTA, PELO MENOS USE O MIAU.
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CONCLUSÃO:
PARA VIRAR ESTA PÁGINA, TEMOS QUE INVESTIR EM PREVENÇÃO E EM ALGUNS PONTOS CHAVES COMO A CONSIENTIZAÇÃO NÃO SÓ PARA OS EMPREGADOS, MAS PRINCIPALMENTE PARA OS EMPREGADORES E GOVERNO, POIS VALE A PENA INVESTIR NO CONFORTO: DÁ RETORNO! É SÓ FAZER UM PROJETO PILOTO E CONFERIR.
Já imaginaram os 40 milhões de trabalhadores que não tem sequer carteira assinada? Entretanto, temos que começar ....
Eng. Osny Telles Orselli
Diretor Geral e Responsável
Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho.
CREA: 0600229120
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